“Antes de colocar um pára-brisa novo no seu veículo, peça para ver, observe seus detalhes para depois comprá-lo. Só confie na qualidade depois de avaliar as condições do vidro. A inspeção tem o objetivo de descobrir se o pára-brisa é laminado ou não. Algumas empresas vendem ilicitamente vidros temperados, que são proibidos desde 1990″, afirma Claudiluce Fredericci, membro do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Revendedores de Vidros Automotivos (Abravauto). Os pára-brisas devem ser laminados, pois os temperados põem em risco a vida dos condutores. “Quando quebra, o vidro temperado espatifa no motorista, podendo machucar, ferir o olho, já que cai todo em cima do motorista. Já o laminado tem duas fatias de vidro intercalada com um plástico chamado PVB, que segura o vidro impedindo que este quebre em pedaços e caia sobre o condutor”, informa Fredericci. Uma forma de identificar os pára-brisas temperados é procurando o logotipo da empresa que o fabricou. “Como é algo ilegal as fábricas não colocam suas marcas, o vidro não tem nenhuma referência de quem fabricou, como acontece com o laminado, que sempre trás o logotipo em um dos cantos do pára-brisa”, explica Fredericci. Outra forma de desconfiar da procedência do vidro é através do preço. “Normalmente as pessoas antes de comprar um pára-brisa fazem uma pesquisa de mercado, então se encontrar uma grande promoção, é aconselhável ficar atento. Pode ser perigoso”, alerta Fredericci. O vidro temperado é vendido 30% à 40% mais barato do que o laminado, “a economia não vale a pena, coloca a vida do condutor em risco. Afinal, nunca sabemos quando vai acontecer um acidente”.

Fonte: Correio da Bahia